O ministro Alexandre de Moraes,
do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) que a
Polícia Penal do Distrito Federal passe a monitorar em tempo integral o
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar e é monitorado
por tornozeleira eletrônica.
Moraes afirmou que há risco de
fuga, principalmente pela atuação do filho de Bolsonaro, o deputado Eduardo
Bolsonaro, que está nos Estados Unidos buscando influenciar as autoridades
daquele país contra o Judiciário brasileiro.
O ministro também citou a
proximidade do julgamento do processo em que Jair Bolsonaro é réu por tentativa
de golpe de Estado. As sessões extraordinárias têm início na próxima semana, em
2 de setembro.
'Nesse sentido, as ações
incessantes de EDUARDO NANTES BOLSONARO, estando inclusive localizado em país
estrangeiro, demonstram a possibilidade de um risco de fuga por parte de JAIR
MESSIAS BOLSONARO, de modo a se furtar da aplicação da lei penal", escreveu
o ministro.
Nesta segunda, a PGR já havia
opinado a favor do monitoramento integral de Bolsonaro, citando risco de fuga. De
acordo com a decisão de Moraes, equipes devem realizar vigilância em tempo real
do endereço residencial de Bolsonaro.
O ministro destacou que o
monitoramento deve ser feito de forma discreta, sem “exposição indevida,
inclusive midiática”, e sem adotar medidas que invadam a esfera domiciliar ou
perturbem a vizinhança.
"O monitoramento realizado
pelas equipes da Polícia Penal do Distrito Federal deverá evitar a exposição
indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, sem
adoção de medidas intrusivas da esfera domiciliar do réu ou perturbadoras da
vizinhança; ficando ao seu critério a utilização ou não de uniforme e
respectivos armamentos necessários à execução da ordem”, escreveu o ministro.
Fonte: Glogo.com

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