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07 fevereiro 2025

PRESIDÊNCIA DA CÂMARA: Recém-chegado, Hugo Motta mostra diferenças do ex-presidente Arthur Lira


 

Na primeira semana na presidência da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) delineou diferenças de estilo em relação ao antecessor, Arthur Lira (PP-AL).

 

Um dos primeiros pedidos que fez à equipe da Câmara foi o levantamento do número de requerimentos de urgências aprovados em plenário: mais de 2.000.

 

Com urgência, o projeto pula etapas na tramitação nas comissões e vai a voto direto em plenário. Além de acelerar a eventual aprovação, é uma forma de concentrar poder no presidente da Casa, que é quem define a pauta.

 

Motta sinalizou que fará um pente-fino nos requerimentos e voltará a fortalecer as comissões temáticas, esvaziadas na gestão Lira a partir da pandemia.

 

O novo presidente também determinou presença física obrigatória às quartas-feiras, o que deve reavivar o convívio entre deputados. As restrições sanitárias impostas pela covid levaram a Câmara a praticamente substituir o voto presencial pelo remoto. Agora mudou. Ou começou a mudar.

 

Outro gesto adotado nos primeiros dias na cadeira evidenciou diferenças entre Motta e Lira. O novo presidente recebeu, dentro das instalações da Câmara dos Deputados, dois ministros com os quais o antecessor mantinha relações estremecidas.

 

Fernando Haddad, da Fazenda, foi levar institucionalmente uma lista de projetos prioritários do governo. Junto com ele foi Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, com quem Lira rompeu publicamente. "A Casa está mais institucional", notou um líder partidário. "Menos hostil”.

 

A diferença de estilo ficou evidente até depois do expediente. As festas de um e de outro mostram concepções diferentes do cargo. Lira fez uma despedida na residência oficial da Câmara, um patrimônio da União, na sexta-feira (31).

 

Recebeu alguns deputados, pouca gente do governo Lula, e muitos familiares. Acompanhantes de políticos lotaram o salão. Jornalistas que não estavam na lista foram barrados na porta.

 

A noitada de Motta, por sua vez, ocorreu em uma casa de eventos. Todo jornalista que se identificasse na porta podia entrar. Havia poucas acompanhantes. Todos os deputados foram chamados. Lobistas e empresários circulavam num ambiente considerado mais institucional por um convidado. "Parecia uma confraternização no salão verde", ele disse, referindo-se à antessala do plenário da Câmara.

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