O presidente Lula (PT) voltou a
criticar o presidente dos EUA, Donald Trump, e disse que vai cobrar imposto de
"empresas digitais norte-americanas" durante o 60º Congresso da UNE
(União Nacional dos Estudantes), em Goiânia.
O que aconteceu
Lula reclamou que o governo
norte-americano não respondeu às propostas do Brasil sobre as tarifas.
"Não recebemos nenhuma resposta. A resposta que nós recebemos foi a
matéria publicada no jornal, no email dele, no Zap [WhatsApp] dele, no portal
dele, porque ele não se dignou nem sequer a mandar uma carta", como a
atitude tomada pelo Itamaraty nesta semana ao enviar uma carta ao governo dos
EUA.
O governo brasileiro tem
insistido que a decisão foi política e que as justificativas econômicas
apresentadas por Trump não se sustentam. Um relatório publicado na semana
passada pela Amcham Brasil revela que o superávit comercial dos Estados Unidos
em relação ao Brasil alcançou US$ 1,7 bilhão. A cifra representa um aumento de
aproximadamente 500% em comparação com o mesmo período de 2024.
“Não é um gringo que vai dar
ordem a esse presidente da República. Não é. Eu sei quem eu devo respeitar
nesse país, eu sei quem é que manda nesse país, eu sei quem faz esse país ser o
que é: o nome dessa pessoa só tem quatro letras, chama-se povo brasileiro”,
disse Lula.
Na manhã desta quinta-feira (17),
o presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista à jornalista Christiane
Amanpour, da CNN Internacional, em que criticou o presidente dos Estados
Unidos, Donald Trump, pelo anúncio de sobretaxa dos produtos brasileiros, e
disse que o Brasil não será refém dos norte-americanos.
"Trump não foi eleito para
ser o imperador do mundo", disse Lula à jornalista britânica. O presidente
falou que não quer briga com os Estados Unidos, mas não aceitará imposições.
"Queremos negociar com os Estados Unidos, mas não seremos reféns
deles", declarou.
A Casa Branca rebateu Lula,
dizendo que Trump é o "líder do mundo livre". "O presidente
(Donald Trump) certamente não está tentando ser o imperador do mundo",
disse a secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt. Mas ele é
"o líder do mundo livre", afirmou ela.
Redação com Portal UOL
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